Em novo plano para retomada, Paraná aposta no turismo regionalizado

Por Anderson Gonçalves – 24/01/2021

Na foto destacada: Cachoeira do Buraco do Padre, em Ponta Grossa.| Foto: José Fernando Ogura/AEN

Um dos setores mais impactados pela pandemia do coronavírus foi o turismo. Durante meses, linhas aéreas e rodoviárias foram canceladas, atrativos turísticos ficaram fechados, hotéis e pousadas viram a ocupação despencar. Nos últimos meses de 2020 veio um respiro, com parte das pessoas voltando a viajar, mas em um cenário ainda muito distante dos tempos de normalidade. Com os casos de Covid-19 em alta e as perspectivas distantes de vacinação para grande parte da população, a retomada do setor segue a passos largos.

No Paraná, a aposta no primeiro semestre é no turismo interno, com viagens curtas dentro do próprio estado. Para isso, foi assinado na última semana um convênio com o Ministério do Turismo, que repassou R$ 500 mil para promoção da atividade turística no estado. Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest), o investimento faz parte de uma nova etapa do projeto de retomada da atividade turística, a ser desenvolvida entre março e agosto, com o tema “Paraná para os paranaenses”.

“Trabalhamos muito nesse período de pandemia para que os nossos destinos e roteiros possam ser vendáveis, inclusive dentro do estado. Tem gente de Paranaguá, por exemplo, que não conhece a Ilha do Mel. Queremos estimular as pessoas a conhecer o que tem perto delas”, diz o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes. A partir de março, terá início uma campanha publicitária divulgando atrativos estaduais e incentivando os turistas a viajar respeitando as normas sanitárias de prevenção à Covid-19.

Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o turismo nacional teve um prejuízo de R$ 261,3 bilhões no ano passado, equivalente a quatro meses de faturamento. No Paraná, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as receitas do setor de turismo encolheram 35,2% em 2020. Em Foz do Iguaçu, principal destino turístico do Paraná e um dos mais visitados do Brasil, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu 33% menos visitantes em 2020 do que no ano anterior.

Para o secretário Márcio Nunes, o setor já deu sinais de recuperação no fim do ano passado. Com a campanha que será veiculada a partir de março, a expectativa é de que haja um incremento no turismo regionalizado. “Temos muitos atrativos no estado e pessoas investindo nesse potencial, o que mostra que elas acreditam e que a coisa está realmente funcionando”, avalia.

Com vistas à retomada do turismo interestadual, a Sedest vem trabalhando na promoção de roteiros regionalizados, integrando, por exemplo Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, ou Foz do Iguaçu e as praias artificiais da Região Oeste. “A intenção é que o turista que vem ao Paraná não venha só para um destino, mas percorra vários. O turismo é muito complementar, tem o de natureza, religioso, gastronômico, um acaba puxando o outro”, conclui o secretário.

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